Teatro: "Se essa rua fosse minha - um solo de Macaxeira", produção da Cia Quinta Marcha-BH
- festivaldeartesiftm
- 12 de nov. de 2015
- 2 min de leitura
A atriz Denise Leal entra em cena com a peça “Se essa rua fosse minha, um solo de Macaxeira”. Partindo do universo da rua e da trajetória delirante de Lady Macbeth, a história traz a luz temas como invisibilidade social e relações de poder, contracenando com os fantasmas do dia a dia de uma mulher em situação de rua e revela um espetáculo lírico, cômico e trágico.
A apresentação será dia 16/11 (segunda-feira) às 13:20 no IFTM Campus Ituiutaba durante o Festival de Artes.
Entrada gratuita e aberta para toda a comunidade.

Release Partindo do universo da rua e da trajetória delirante de Lady Macbeth, a história traz a luz temas como invisibilidade social e relações de poder, contracenando com os fantasmas do dia a dia de uma mulher em situação de rua, levando o espectador a entrar em um universo imagético, lírico, cômico e trágico.
A personagem Macaxeira, já conhecida na cena teatral mineira, nasceu em 2010, no espetáculo “Sua cabeça é a lei de Mac”, concebido para a formatura do Cefar naquele mesmo ano, em turma da qual participava Denise Leal. A peça, apresentada no Parque Municipal, contou com a direção de Juliana Pautila e dramaturgia de Letícia Andrade, sendo livremente inspirada em Macbeth de Shakespeare. Desde 2011 Denise começou a se apresentar como Macaxeira nos entreatos do Festival de Cenas Curtas do Galpão Cine Horto. Lá novas possibilidades surgiram e a personagem ganhou um perfil mais cômico e performático.

Na mesma época a atriz começou a trabalhar no Teatro Espanca!, localizado no baixo centro de Belo Horizonte, onde se aproximou da realidade dos moradores de rua do entorno. A experiência foi fundamental como inspiração para continuar a dar vida à personagem. “O desejo de retomar a Macaxeira e seu universo urbano se tornou uma urgência! Não tinha como permanecer em silêncio, então eu resolvi trazer junto à personagem o universo trágico de Shakespeare, dialogando com a ficção e a realidade de um tema tão atual e potente: a rua, o espaço urbano e as relações de poder que nele existe. ”, descreve Denise.
O recolhimento compulsório, a tomada de pertences e a expulsão sofrida pelos moradores de rua dos grandes centros urbanos ganham voz e fala em “Se essa rua fosse minha”. Fatos reais ocorridos em Belo Horizonte, como a queda do viaduto na Av. Pedro I e o assassinato de Luiz Estrela, reverberam no processo criativo e nas improvisações.
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